Esses dias ando sumida do blog e não escrevi nenhum post. Não foi por falta de assunto, nem de dicas. Aliás, o moleskine que mora na minha bolsa continua atualizado e já já passo tudo para cá. Aqui em SP sempre tem milhares de novidades rolando, ainda mais na semana passada, que várias lojas lançaram suas coleções, vários filmes incríveis estrearam, galerias com exposições imperdíveis, enfim, um montão de coisas bacanas. Acontece que passei a semana inteira por conta total das minhas pequerruchas que estão em adaptção na escola nova. De novo.
Esse papo de “adaptação”é muito engraçado. Quando mudei para SP, “adaptação”era a palavra que eu mais usava na vida- e também a que eu mais ouvia. Incrível, mas é verdade. Bastava eu dizer que tinha vindo do Rio e a primeira pergunta que me faziam era: “Você já se adaptou?”ou então: “Como está a adaptação?”. Depois, com a ida da minha filha mais velha para a escola, era um tal de “adaptação pra cá, adaptação pra lá. Aí o tempo foi passando e a palavra acabou ficando um pouco esquecida. Agora, com a mudança de escola das meninas, ela voltou.
Não sei se acontece com todo mundo, mas sofro com mudanças. Mesmo quando elas são para melhor. Sofrer talvez seja uma palavra um pouco forte, mas sinto um aperto no coração, uma angústia típica de quem deixa a zona de conforto para enfrentar uma situação nova. No fim (pelo menos na maioria das vezes), graças a Deus, fico feliz com as decisões, mas sempre tem um momento de dúvida que é bastante aflitivo.
Acho que só quando vim pra cá me dei conta disso. Talvez daqui a alguns anos eu tire tudo de letra toda e qualquer mudança, mas por enquanto me sinto como uma árvore que é arrancada do solo onde ela nasceu, cresceu e deu frutos para ser plantada em outro lugar. Primeiro ela fica fraca, titubeia, sente. Mas as estações passam. Suas raízes ganham forças e ela volta a florescer novamente.
Cada um sente diferente. Cada um reage de uma maneira. Cada um precisa de um tempo diferente para se adaptar às mudanças. Existem até os que não precisam de tempo nenhum. Não importa. Importante é, no final, conseguir se adaptar. Isso sim é uma vitória, uma conquista. Sentimento de dever cumprido. Congrats- com louvor!
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