Hoje assisti o filme Divã. Fui na maior expectativa de rir do começo ao fim. O filme é muito bom. Garantia de muitas gargalhadas mesmo, mas, inesperadamente, no meio do filme (mais para o final) chorei cântaros. Um vexame. Se eu tivesse lido o livro ou conversado com alguma amiga a respeito antes já saberia, mas a amiga que estava comigo (e que já tinha lido o livro) não me contou nada. Foi surpresa total.
Verdade seja dita, saí daquela sessão de cinema no meio da tarde de um dia de semana com vontade de ligar para cada pessoa que conheço e dizer o quanto sou grata por elas existirem. Como elas são importantes e como é bom poder contar com elas sempre.
Nós, mães, devemos ensinar nossos filhos a serem verdadeiros com seus sentimentos desde pequenos. Devemos incentivá-los a dizer como estão se sentindo. Se estão felizes, que gargalhem. Se estão tristes, que não escondam essa tristeza. Que eles aprendam a identificar, desde cedo, cada sentimento. Todo mundo tem direito de sentir felicidade, tristeza, melancolia, raiva, frustração, o que for. Os sentimentos fazem parte da nossa vida. Só as palavras não ditas e os sentimentos que não são expressos é que são capazes de gerar o desequilíbrio, de nos deixar suscetível. Quando identificamos e conhecemos o sentimento, fica fácil entendê-lo. O reconhecimento é um passo importante (em tudo na vida).
As escolas deveriam ter uma aula sobre Sentimentos no currículo obrigatório. É uma pena estarem mais preocupadas com a nota que obterão no ENEM do que no equilíbrio dos adolecentes que todos os anos "despejam" nas faculdades e que, mais cedo ou mais tarde, estarão no mercado de trabalho exercendo as mais variadas profissões.
Não tenho nenhuma pretensão de fazer qualquer análise do filme, mas acho que o final é o resultado da incapacidade da protagonista de conviver, assumir e enfrentar os seus sentimentos. Acho que ela nunca entendeu bem os prórios sentimentos e quando se viu, no divã, diante de todos eles de uma só vez não soube o que fazer. Não sei, acho que é isso...
Dica:
Para quem for assistir o filme, não esquecer a caixinha de Kleenex
Para quem for procurar um analista, "checar as referências" antes (se os pacientes sairam de lá melhores ou piores). Às vezes muito ajuda quem pouco atrapalha...A moça do filme que o diga.
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