segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dica de texto para fechar o dia- Coluna da Danuza (Folha de S.Paulo- Citidiano, pagina 2)



Vale a pena ler a coluna da Danuza Leão, publicada na Folha de S. Paulo, página C2, de ontem.

Ela escreve sobre a facilidade que certas pessoas têm em complicar a vida e, pior, viver reclamando de tudo. Pura verdade.

Desde quem mudei para SP a minha rotina gira em torno das crianças, das coisas da casa e de uma "to do list" que parece interminável.Incrível, mas acho que vou ao supermercado umas 3 vezes por semana (no mínimo).

E apesar de ficar de um lado para o outro no trânsito caótico de SP, procuro sempre encontrar um tempinho para almoçar com as amigas, ler um livro, tomar um café antes de buscar as meninas na escola. Faço ginástica e até consigo sentar para atualizar o blog com alguma regularidade. Vou à missa aos domingo e rezo muito. Sempre.Acho que quanto mais coisas nós fazemos, maior a nossa capacidade de fazer ainda mais.

A mudança para SP me ajudou a "descomplicar" um pouco a vida. Morar em outra cidade tem dessas coisas, nos faz ter que lidar com situações novas todos os dias. Pelo menos no início era essa a sensação. Depois, tudo vai ficando mais fácil.

Como a única família que tenho aqui é o meu marido (que fica no trabalho o dia todo) e nossas filhas, preciso "me virar nos 30" para dar conta de tudo. Graças a Deus tenho me saído bem. Falando assim pode até parecer exagero - e pode até ser que seja mesmo, mas a referência que eu tenho é de quando morávamos no rio e podíamos contar com a "infra" da família toda.

Os exemplos são os mais simples, mas retratam bem a cronica da Danuza.

(i) Quando morávamos no Rio, eu não precisa me preocupar se quisesse viajar com meu marido sem as crianças. Aqui, precisamos "montar uma infra", mas tudo bem. Não vou deixar de viajar por isso. Montamos o esquema e pronto, passamos para a página 2;

(ii)Outra situação corriqueira. Está trânsito. Não vai dar para chegar a tempo. No Rio eu nem me preocupava. Bastava ligar para minha mãe ou minha sogra (sem falar nas amigas) e estava tudo resolvido. Aqui a situação é diferente, mas também não é motivo de estresse. Tenho novas amigas sendo que uma delas (querida!)tem uma filha na classe da minha mais velha. Ela "quebra vários galhos para mim". No mais, passei a calcular melhor os horários. No fim das contas, ponto positivo;

(iii) Quer outro exemplo clássico que me ajudou muito a ser mais flexível? A empregada faltou. Antes a minha mãe me emprestava a dela ou mandava comidas prontas, fresquinhas todos os dias enquanto eu não arrumasse alguém. Aqui, não posso contar com essa mordomia, mas, por outro lado, sempre que entrevisto alguém digo que insubstituível, na vida, só a minha família. Só fica na minha casa quem eu gosto. Simples e fácil, como a vida deve ser. Mac Donald's de vez em quando pode até ser divertido (sem falar que as crianças amam).

Enfim, além desses, tem quinhentos outros exemplos que antes me deixavam de cabelo em pé. Hoje, tento resolver da melhor maneira possível. Tem vezes que simplesmente não dá para ser como eu gostaria, mas tento o melhor que posso.

Outro dia, uma amiga carioca disse que eu era enrolada pq não conseguia encontrá-la qdo ia ao rio. Na verdade não é bem assim. Ligava dizendo que estava em Ipanema e perguntando se ela queria tomar um café. Ela não gosta de andar em Ipanema. Ligava dizendo que ia ao Fashion Mall dar uma volta.Ela não gosta de ir a São Conrado. Sugeria a praia de Ipanema mas ela acha quente e cheia. Finalmente, em Janeiro, conseguimos nos encontrar na praia com crianças, baldes, picolés e muito biscoito Globo. Mas parando para pensar eu não acho que a enrolada seja eu...

Adorei o exemplo que a Danuza mencionou em seu texto sobre as amigas que ficam magoadíssimas quando precisamos desmarcar um almoço. Nunca vi problema nisso. Quem não tem um imprevisto de vez em quando? Sem falar que uma coisa é desmarcar um almoço com AMIGAS outra é desmarcar uma reunião com a ONU, não é mesmo? Entre amigas é só remarcar para uma data em que todas possam ficar ainda mais tempo juntas, colocando os assuntos em dia e vendo a vida passar da calçada de algum restaurante bem simpático e muito, muito gostoso, com pães, comidinha boa, sobremesa deliciosa e café com espuminha de leite para fechar bem qualquer tarde. Uma tarde descomplicada. Como a vida pode ser.

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