Marinheira de 3a - Amamentação

Estou adorando voltar às fraldas e mamadas com meu temporãozinho . Aliás, amo amamentar, apesar de saber que nem sempre é fácil.



Quando a minha primeira filha nasceu, uma das maiores surpresas que tive foi justamente com a amamentacao.

Ela era pequenina, nasceu antes da hora e quando veio para casa parecia uma bonequinha. Pesava 2.320kg. 

Tive a sorte de ter um pediatra maravilhoso, o Dr Pedro Solberg,  que me disse uma coisa simples e muito, muito eficaz: " que o seu peito seja a chupeta dela. No que ela chorar, coloque-a para mamar". Ele também me explicou que quanto mais os bebês mamam (ainda que eles durmam e a gente ache que não mamaram nada), maior o estímulo e maior  a produção de leite. 




Segui a risca.  Lá em casa o lema era: "chorou, mamou".  Só para vocês terem uma idéia, ela nem aceitou chupeta (e eu tinha comprado milhares, de todas as cores e desenhos imaginários). Meu peito foi- literalmente- a chupeta da minha primeira Maria. 


Voltei a trabalhar quando ela tinha 5 meses. Como eu queria muito continuar amamentando, a bombinha elétrica da Medela era uma espécie de extensão do meu corpo. Minha melhor amiga. Ia comigo para todos os lugares. 


Amamentei durante 11 meses e meio e o desmame se deu de forma gradual e tranquila, tanto para ela quanto para mim. A medida que iamos introduzindo novos alimentos, uma das mamadas era substiuída e assim fizemos até o desmame completo.



Meses depois, descobri que estava grávida da minha segunda Maria. Ela também nasceu um pouquinho antes da hora e pequerrucha, mas graças a Deus não perdeu tanto peso na maternidade. Ainda assim, mantive o lema do "chorou, mamou". Mas Deus é mais sábio e nos dá filhos diferentes para que possamos nos aperfeiçoar e aprender.  Essa Maria mamava bem e muitas vezes, mesmo sem fome, continuava a chorar quando a tirava do peito. Desde pequena gostava de colo e cafuné. Diferentemente da irmã, ela teve um pouco de cólica entre o segundo e o terceiro mês e aceitou a chupeta de bom grado.  


Quando voltei a trabalhar, a Medela reassumiu o posto de minha melhor amiga.

De novo, a amamentação foi uma época maravilhosa e abençoada e o desmame também.



Verdade que é uma fase cansativa, cheia de noites mal dormidas. Eu tinha a sensação de estar sempre em débito com a balança do sono. 




Confesso até que tinha esquecido completamente das noites em claro e de como me sentia exausta acordando a cada 3 horas na madrugada. Mas ainda assim, tenho certerza de que mesmo que eu tivesse lembrado dessa parte,  faria tudinho de novo.



E como o tempo passa rápido e o que ficou guardado era um sentimento maravilhoso,logo as meninas cresceram e bateu aquela vontade de aumentar a família.  

Esse ano tive outro bebê. Dessa vez um menino para eu aprender sobre o outro universo.


Meu menininho nasceu guloso, nasceu paulistano (elas são cariocas) e nasceu no finalzinho das férias de verão. Adorou o lema chorou mamou e não curtiu chupeta. 


Quando chegou a hora de tomar sucos, rejeitou com veemência todos os bicos de mamadeira possíveis e imaginários e aceitou  os copos com bico que comprei na farmácia da esquina de casa. A vida pode - e deve- ser simplificada!



Cada filho tem seu jeito e seus encantos e aprendemos muito com eles e com as suas diferenças.



Com ele a amamentação não foi nada fácil!

15 dias depois do nascimento, tive a primeira mastite. Inesquecível! Sentia uma dor que me levava até a lua. Para minha surpresa, parte do tratamento era colocá-lo para mamar no peito dolorido. Eu não imaginava que um peito pudesse doer tanto. Com muita paciência, força de vontade maior ainda e voltaren de 50mg a cada 8 horas, melhorei. Semanas depois, tudo de novo. Dessa vez com febrão. Mesmo procedimento. A única diferença foi que precisei de antibiótico e de doses cavalares de persistência.



Algumas vezes, achei que não fosse conseguir continuar a amamentar. Não julgo quem desiste de cara. Dói muito mesmo, mas eu resolvi encarar.

Hoje, o pequenino está com 7 meses, já come sopa, frutas e mama também.



Perdi a conta de quantas mastites e empedramentos tive desde que ele nasceu, mas agradeço a Deus por ter conseguido superar todas elas.

Olhar para o meu pequerrucho mamando não tem preço e ser capaz de fazer choro dele acabar milagrosamente simplesmente colocando-o para mamar é a glória!



Vou tentar fazer com ele o mesmo processo de desmame que fiz com as meninas. Espero conseguir!



p.s- Amamentar é instintivo, mas para conseguirmos a nossa cabeça tem que estar tranquila e disposta. Intromissões e palpites não ajudam.



Só para vocês terem uma ideia, dois dias depois que o meu menininho nasceu, no meio da tarde e ainda no Einstein, ele chorava sem parar.

O quarto estava cheio de gente e ele não conseguia mamar de jeito nenhum. Veio uma enfermeira que se dizia especializada em amamentação, pegou-o no colo e disse que eu estava fazendo tudo errado. Sugeriu até que eu o colocasse para mamar em posição vertical. Eu resisti. Achei um absurdo. Disse que era meu terceiro filho, que eu tinha amamentado as irmãs dele por quase um ano e que ele iria mamar naturalmente. Ela chegou a me dizer que muita coisa havia mudado de 8 anos para cá. Senti vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Agradeci a presença dela e disse que voltaria a chama-la se sentisse necessidade. 


De novo, me lembrei que o  Dr Pedro Solberg dizia que devíamos mandar o  bebê  para o berçário quando o quarto estivesse muito cheio para não excitá-lo. E assim foi feito. Ele foi para o "silêncio", dormiu (estava cansado e estressado com o barulho, é claro) e depois, com quarto  vazio, mamou com toda calma do mundo.



No início, nós temos que nos adaptar ao bebê e ele a nós. Nós nunca amamentamos e eles nunca mamaram. Quanto menos gente em volta, menos barulho e mais tranquilidade melhor. 

Aprendemos praticando!!!

p.s.2- Ah! Um pediatra competente também dá uma segurança enorme. Aqui em SP o pediatra da minha turminha é o Dr.Durval Daniel ,que eu adoro e super recomendo!

Pediatras:

No Rio de Janeiro

Dr. Pedro Solberg

Tel. 21 2539-9569

Em SP

Dr. Durval Daniel

Tel. 11 5090-0100