segunda-feira, 25 de maio de 2009

Moda Masculina- Clássico, sem erro.


Até onde vale a etiqueta? E como fica o bom gosto no final das contas?

Acredito que a moda masculina deve ser masculina, não metrossexual.

Gosto de ternos bem cortados, feitos por alfaiates que entendem do assunto e que estão mais interessados em fazer um terno impecável (literalmente) do que em atrelar seus serviços a figuras conhecidas capazes de pagar qualquer preço pela etiqueta (não necessariamente por terem bom gosto).

Quem tem bom gosto e não precisa se preocupar com o preço do feitio de um terno tem seu próprio alfaiate, que pode ser no Brasil (temos bons alfaiates aqui), em Londres ou em Roma. Os tecidos escolhidos são, na maioria das vezes, Zegna, Loro Piana, Dormeil.

Existem muitos, também, que se vestem impecavelmente com ternos comprados prontos e não por isso menos bonitos. De indiscutível bom gosto. Lembro-me do terno do marido de uma empregada que trabalhou em minha casa que, no dia do seu casamento, estava muito mais bem vestido do que muitos "bacanas" com ternos "tronchos" (ombro fora do lugar, manga longa demais, lapela abrindo), mas que, mesmo assim, posavam como reis simplesmente porque ostentavam caras "etiquetas".

A moda pode (e deve) até ditar algumas tendências, é claro. Como se em determinada temporada aparecessem dois ou três botões, se a calça será um pouco mais ajustada, se terá barra italiana e qual será o seu comprimento. Basicamente isso.

As cores devem ser usadas com muito, muito cuidado. Evidentemente não devem ser excluídas, mas merecem um olhar atento. Atentíssimo.

Misturar camisa "vinho" com terno cinza e gravata estampada, como vi recentemente na última semana de moda paulistana, só se for para montar o look de algum personagem de novela - e isso, de preferência, se o personagem for alguém de gosto bastante duvidoso.

As gravatas também devem ser muito bem analisadas antes de serem inseridas em qualquer composição. Qualquer deslize é fatal!

Gravatas fininhas usadas com camisas de colarinho caído são o que pode haver de pior. No entanto, de novo, também podem ficar incríveis em determinado personagem ou num editorial de moda. Afinal, em editorial vale tudo. Na vida real, não.

Sou a favor do clássico, com algumas pitadas muito bem dosadas do que pode ser considerado "tendência". Nada que exponha a pessoa ao ridículo. Acredite, a roupa tem o poder de expôr qualquer um ao ridículo.

Paletó xadrez com camisa florida, só se esse for o único que o restaurante (que exige paletó) tenha para emprestar para a pessoa que, por falta de sorte, estiver usando uma camisa florida. Não sendo esse o caso, jamais.

Ousar pode ser divertido, desde que se tenha atitude suficiente para sustentar a ousadia. Não é para qualquer um, assim como não é qualquer ousadia que é divertida. A linha é muito tênue... Atenção!

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