segunda-feira, 6 de maio de 2013

Marinheira de 3a- É possível fazer o bebê dormir sozinho sem choradeira?


No ano passado, tentei fazer o método nana neném com o meu pequeno. Li o livro de cabo a rabo. Praticamente decorei a tabelinha com os minutos de intervalo que devemos entrar no quarto logo depois de coloca-lo, acordado, no berço. Foi duro. Meu marido foi contra, as meninas diziam que era  um absurdo deixar o bebê chorar. Desisti.

Esse ano, no entanto, a coisa degringolou. Quando percebi, estava acordando praticamente a cada duas para faze-lo voltar a dormir. estava ficando exausta. Foi aí que decidi que  faria o método de uma maneira mais "light", menos radical. O meu método.

Não sei como  é na casa de vocês, mas aqui, quem assume 100% da noite sou eu. Então, se era eu quem estava acordando a noite inteirinha, nada mais justo que eu decidisse o que fazer. Fui em frente.

Comecei fazendo uma alteraçãozinha na rotina. Passei a dar o leite antes do banho, por volta das 7 e passei o banho para 7:30. Inverti a ordem. Às 8, já mais para lá do que para cá, eu levava o pequenino para dar boa noite para todos da casa. Depois, ia com ele para o quarto, pegava dois livrinhos daqueles durinhos e com mais imagens do que texto, e contava o que aparecia nas figuras. Nessa altura, ele começava a esfregar os olhos de sono. Pronto. Hora de colocá-lo no berço. Começava o berreiro. A vontade que dá nessas horas é mandar tudo às favas, pegar aquele pãozinho no colo, encher de beijos e abraços e fazê-lo dormir no nosso colo. Quem nunca?

No fundo, sabemos que eles crescem rápido e logo logo estaremos com saudades das noites mal dormidas por motivos assim. Pior ficar sem dormir esperando o filho chegar da balada. Ai, ai, ai... Coração de mãe é uma parada.

Volta a realidade! Vamos visualizar a situação. O bebê está gritando e não tenho coragem de larga-lo no berço. No método Ana Paula, a gente fica no quarto. Pertinho do bebê, falando baixinho para ele dormir e fazendo carinho nas costas. Nos primeiros dias, demora mais, mas logo ele se ajoelha no berço, deita de bruços e se acalma enquanto continuamos a fazer carinho nas suas costas.  Quando ele está quase dormindo, aviso que vou para o meu quarto. Que é hora dele dormir e que no dia seguinte brincaremos muito. Saio do quarto. Voltam os berros. Espero um minutinho e volto para o quarto. Mesmo esquema. Acaricio suas costas até ele se acalmar novamente e se ajoelhar, rendido, aos poderes de Morfeu. De novo, digo que vou sair, blá blá blá blá blá blá. Saio. Ele chora. Espero. Ele se acalma, se cala e dorme o sono dos justos.  Dorme sozinho. Autônomo. Sem gritaria, estresse, show de horror. Ufa!

Nada de passar horas berrando. Bastam as adversidades que a vida apresenta. Nós, mães, temos a obrigação de cuidar, proteger e amar. Com amor, somos capazes de dar autonomia para eles seguirem seus caminhos. E será esse amor maior do mundo que fortalecerá as raízes, fazendo com que não se esqueçam de onde vieram.

Com amor podemos tudo. Mais do que livros técnicos são capazes de imaginar. 




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