Mãos à obra para os projetos de 2013

Na última gravidez engordei 22 quilos. Um horror. Comi além da conta, aboli o adoçante, me entreguei sem culpa aos chocolates. Li uma matéria que dizia que filhos de gestantes que comem chocolate na gestação são mais risonhos. Era só o que eu precisava saber para fazer a minha parte. No que dependesse de mim,  meu bebê seria sorridente.

A verdade é que apesar de nunca ter engordado tanto antes, no fundo eu pensava que bastaria voltar a me alimentar "normalmente" que perderia peso. Das outras vezes funcionou assim. Na primeira gravidez, em três semanas eu perdi treze quilos. Na segunda, em dois meses emagreci os onze extras. Dessa vez, no entanto, a história foi outra. Perdi dezessete quilos em quase cinco meses e para perder o restante, precisei de ajuda. Não queria dar a batalha por vencida sem me esforçar mais um pouco. Foi difícil.

Até com a amamentação, que das outras vezes funcionou como minha maior aliada (amamentar seca!), dessa vez foi diferente. Depois de amamentar eu morria de fome. Não lembro de ter me sentido tão faminta antes.  Eu amamentava. Perdia várias calorias. Horas depois, devorava o que aparecesse pela frente.  Diziam que isso écomum quando temos um bebê do sexo masculino. Pode até ser, mas acho que no meu caso tinha mais a ver com a idade mesmo. Dura, mas real constatação. Quando tive as meninas, estava na casa dos vinte. Agora, estou na casa dos trinta. Parece que não, mas faz uma diferença danada. O metabolismo não é o mesmo. Requer um esforço maior!

Acabei fazendo dois partos. O primeiro em janeiro, quando nasceu o meu pequerrucho risonho. O outro, dos vários quilos, nove meses depois.

O grito de independência aconteceu numa noite que eu tinha o casamento de um amigo do meu marido para ir. Ele foi para a Igreja e eu combinei de ir direto para a festa, depois da última mamada. Uma amiga ficou de me buscar em casa. Dez minutos antes do horário combinado, fui me vestir. Já estava maquiada e penteada. Teoricamente, só faltava eu escolher um entre três vestidos que tinha deixado separados. Peguei um deles e-surpresa! O zíper não fechava nas costas. Fiquei chateada, mas resolvi não perder tempo e colocar um dos outros. Também não fechou. Ok. Peguei o terceiro. Ficou justérrimo mas,pelo menos, fechou. Sentei para calçar o sapato e -creeeeec- descosturou atrás. Fiquei com vontade de chorar. Já não queria mais sair, mas nem para isso dava tempo. Àquela altura eu deveria estar na portaria. Peguei um vestido preto drapeado e de faixa na cintura que tinha usado no primeiro trimestre da gravidez. Coube. Desci exausta e arrasada. A partir dali decidi me livrar de todas os quilos que não deveriam me pertencer!

Como na época eu não tinha nenhuma intenção de desmamar meu pequenino, fui numa nutricionista menos radical. Nada de remédios - sou radicalmente contra- e nada de dietas
malucas. Resumindo, minha alimentação ficou até melhor do que antes. Eu comia a cada três horas, almoçava um prato completo (duas colheres de carboidratos, uma de grãos, uma proteína e legumes e verduras a vontade), lanchava uma fruta às 3 da tarde e tinha  direito  a um sanduíche
de queijo minas e peito de peru às 6. No jantar, eu podia comer uma proteína acompanhada de
legumes e verduras, mas nada de carboidratos. De radical mesmo foi o corte do açúcar nos primeiros quinze dias, mas valeu. Em três semanas os vestidos já cabiam e em dois meses perdi o
restante.

Perder peso dá um trabalho danado. Rendeu várias linhas deste texto e muitos sacrifícios. Mas ganhar peso é fácil, fácil. Bastaram alguns dias na neve para me entupir de chocolate quente e recomeçar a batalha. Mas como ainda restavam alguns dias de férias, decidi esperar o carnaval. Pronto. Agora não vou ter mais desculpa. O carnaval passou e o ano, finalmente, vai começar. É
hora de colocar as mãos à obra e tocar todos os projetos.

Feliz 2013!

P.S.- Uma boa nutricionista ajuda muito, assim como uma professora de ginastica competente. Nessa fase, descobri o Pilates e virei fá! Super recomendo !!