Mudei para São Paulo há 6 anos e desde então tenho sempre um moleskine (sou fã deles!) na bolsa onde anoto tudo o que acho interessante. Pode ser um restaurante, um prestador de serviço, um livro bacana, uma exposição imperdível, qualquer coisa. O que for! Todas as anotações viram dicas e vou postando aqui. Estão todas às ordens. Se alguém não encontrar o que procura é só me mandar um e-mail e terei o maior prazer em fazer um post sob encomenda! Participações são (sempre) super bem-vindas!
segunda-feira, 15 de março de 2010
Dica: Roupas para hoje, amanhã e depois. Por que não?
No domingo, com toda aquela chuva, achei que o melhor programa seria ir a locadora, abastecer a casa no Santa Maria e passar a tarde em casa colocando os filmes em dia. Um dos que assisti (e adorei!)foi "Coco antes de Chanel".
Roupas lindas, chiques, atemporais. Uma diferença enorme do montão de coisas horripilantes que estão por aí pelas vitrines mundo afora, em alguns editoriais e ensaios que são pura apologia ao que não é bonito. Às vezes, é preciso até tomar cuidado para que alguma gota de sangue não respingue na nossa roupa enquanto folheamos algumas publicações.
O que mais me choca é que, aparentemente, todo esse horror vende. E pelo visto vende horrores. Basta dar uma olhada ao redor e ver a quantidade de gente pendurando e vestindo caveirinhas, como se fossem "a última bala do pacote"Como diria a minha filha pequena "se achando"... Cruzes! Caveiras me dão arrepio! Acho que tem uma pegada mórbida, um quê de infelicidade misturada a uma maneira agressiva de expressar descontentamento. Sei lá. Talvez não seja nada disso, mas não curto gastar dinheiro para me enfeiar. E, sinceramente, acho essa onda punk/rebelde/rasgada/blase/olheiras/cabelos despenteados feia para dedel. Em desfile pode até ser divertido, mas na vida real não acho que funcione tão bem assim. Talvez até funcione para pessoas que representam papéis e que gostam de fazer gênero. Não é o meu caso. Eu penso antes de comprar o que quer que seja. Mas quem sou eu para julgar? O bacana da moda é justamente a democracia. Cada um ser livre para usar o que quiser e sair por aí feliz. Só isso. Simples assim.
Acho até que me empolguei demais com o assunto, mas é inevitável assistir o filme da Chanel e não fazer uma comparação entre as roupas que a estilista fazia e algumas roupas que se vê por aí. Ela prova, com a maior sabedoria do mundo que dá para seguir tendência sem se enfeiar. Dá para andar na moda, ser clássica e estilosa ao mesmo tempo. Dá até para acrescentar pitadas rockers/punks e ficar linda de morrer, sem aquele ar anoréxico, desnutrido, insone que vangloria a rebeldia, sem nenhuma razão de ser.
Coco Chanel que o diga. A mensagem que ficou foi que ela usava e fazia o que poderia usar naquela época, roupas que nós podemos usar hoje e que nossas bisnetas poderão usar daqui a muitos e muitos anos. Com alguns ajustes, talvez,nada que choque. Roupas que fazem bem aos olhos e que embelezam. Roupas que deixam no ar um rastro atemporal, seguro, digno de quem sabe o que faz e de quem sabe o que usa.
Sorte nossa que apesar do show de horrores tentar fazer a cabeça de tanta gente, Chanel também fez e ainda conseguimos encontrar muita coisa bacana por aí.
Marcadores:
coco chanel,
roupas atemporais
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário