Não sei o que está acontecendo com o clima esse ano. Estamos praticamente em novembro e o sol mal tem dado as caras. Quando aparece, fica tímido e logo sai de cena, dando lugar para dias nublados e chuvosos. Não vejo a hora do sol raiar de vez, afastar o frio e reinar, soberano.
Sou carioca e apesar de saber que essa não é uma regra geral, sou movida a sol. Adoro céu azul, calor, roupa decotada e sandálias de dedo.
Como moro em SP, precisei me adaptar ao tempo doido daqui. Hoje em dia, sobrevivo bem às semanas cinzas. Já não deixo de levar as crianças para a escola quando está chovendo cântaros, como eu fazia no início. Contando assim, parece mentira,mas não é. Logo que mudei para cá, uma das minhas filhas era muito pequena e eu não via motivo em levá-la para a escola quando estava chovendo muito. Sinceramente? Continuo não vendo, mas ela está maior e não pode faltar sem motivo. Mas com 2 anos de idade? Para quê deixar a menina trancafiada numa sala de aula enquanto ela podia, tranquilamente, passar a tarde em casa dormindo ou brincando? Quando crescemos temos tantas responsabilidades e obrigações que o máximo que conseguimos esticar a infância dos nossos pequerruchos, melhor.
Quando eu morava no Rio a minha casa tinha paredes claras, chão claro, sofás claros. Eu achava lindo decoração clean e cortinas de linho branco. Tinha mania de phalianópolis brancas. Lá, se eu abrisse a janela, tinha um quadro vivo. O verde das árvores invadia o apartamento sem pedir licença.
A mudança para SP fez eu repensar várias coisas. Outro dia, brincando de atelier com as crianças, me dei conta de algumas. Sugeri que as meninas recortassem e colassem numa cartolina tudo o que gostariam de ter numa casa ideal. Elas recortaram jardins, praias e bichos. Muitos bichos. Eu também fiz a minha colagem. O resultado da minha foram móveis acolhedores, uma poltrona mole (com a banqueta) do Sérgio Rodrigues, sofás cheios de almofadas macias e estampas listradas e floridas. Azul. Definitavamente, muito azul. Já que não dá para ter no céu da cidade, que eu tenha dentro de casa. Cortinas de tecido capazes de isolar o frio. Chão de madeira. Cozinha com ilha no meio e, se possível, sempre com um bolo quente recém saído do forno. Recortei flores. Muitas flores. E flores coloridas. Rosas, astromélias, lírios. Verde. Muito verde também.
Como SP não é uma cidade verde (tomara que um dia seja), ter um jardim vertical (mesmo que seja numa varanda pequena) pode ser uma opção de se sentir mais perto da natureza, sei lá... Só sei que estou louca para ter o meu (mesmo que micro).
Abaixo algumas dicas de quem faz esse tipo de trabalho:
Jardins Verticais:
Quadro Vivo
Tel.3898-0013
www.quadrovivo.com
Verde Vaso
Tel. 3034-5996
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